segunda-feira, 15 de abril de 2013

Por que Gastronomia?


Por que você resolveu fazer Gastronomia? Esta foi, com certeza, a pergunta que mais escutamos no último mês e cuja resposta nem sempre foi a mesma.
                A Gastronomia vem sempre acompanhada de um “gosto pela coisa”. Isso a gente tem de sobra. Além disso, tem também a vontade de aperfeiçoar o que já sabemos fazer na cozinha e de sermos valorizadas como profissionais num mercado que, apesar de competitivo, sempre tem lugar pra quem se dedica. A gastronomia é como a arte, tem sempre espaço pra criatividade, mas por trás de toda obra de arte também existe a técnica. E é isso o que buscamos no curso de gastronomia.
A verdade é que muitas vezes tentamos entender o motivo de certas escolhas, mas para a maioria delas, só passamos a entender depois de vivenciar.

E por hoje é só, pessoal!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Espessantes Slurry e Beurre Manié

    Os espessantes são substâncias que, quando adicionadas às preparações, aumentam sua viscosidade, modificando a textura e a consistência sem alterar as propriedades dos alimentos.

Slurry

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    Engrossa rapidamente e não altera a cor. É composto por amido dispersado em água e costuma ser usado em preparações domésticas, principalmente no final da preparação, para acertar o ponto.   Engrossa rapidamente e não altera a cor. É composto por amido dispersado em água e costuma ser usado em preparações domésticas, principalmente no final da preparação, para acertar o ponto.  

Ingredientes:
- 30g de maisena                                                          
- 60g de água

Misture a água fria com o amido, essa quantidade é suficiente para engrossar cerca de 250ml de líquido.
             

Beurre Manié

    O nome pode ser traduzido como “manteiga trabalhada”. É um agente espessante composto por 50% de manteiga em ponto de pomada, ou seja, em temperatura ambiente e 50% de farinha de trigo. É um método rápido e pode deixar sabor residual de farinha crua.



Ingredientes:

- 10g de manteiga sem sal
- 10g de farinha de trigo

Deixe a manteiga em ponto de pomada e misture bom com a farinha. É suficiente para engrossar 250 ml de líquido.





Escolha o espessante que melhor se adéqua à sua receita e mãos à obra!



Referências:
Chef Cassio Corsini Junior. Disponível em: <http://chefcassiocorsini.blogspot.com.br/2011/11/beurre-manie-agente-espessante.html > Acesso em: 30 mar 2013.

Angelo Medeiros. Disponível em: < http://pratoperfeito.blogspot.com.br/2009/10/manual-de-cozinha-profissional_24.html > Acesso em: 30 mar 2013.

Brigada de Serviços da Cozinha




          Quando vamos a um restaurante, é comum pensarmos na qualidade e no sabor daquilo que comemos, mas normalmente não damos atenção aos profissionais ligados ao preparo dos alimentos. Para esclarecer como funciona uma cozinha de restaurante, o assunto do post de hoje é a Brigada de Serviços da Cozinha.
        O termo “Brigada” designa o grupo de cozinheiros responsáveis pelo funcionamento da cozinha. Além disso, implica na divisão do trabalho em setores especializados. As especializações que podem ser encontradas nesse tipo de serviço dependem da estrutura do restaurante, ou seja, pode ser que não encontremos uma divisão tão grande em um estabelecimento de pequeno porte. A Brigada é dividida em “partidas” de acordo com as especialidades da cozinha, dentre elas:
o   Saucier – preparação de carnes, aves, molhos quentes e fundos escuros. Geralmente encarregada dos segundos pratos e pratos principais.
o   Entradas e Acepipes – principalmente preparação dos primeiros pratos quentes, como sopas, caldos, consomés e cremes. Preparam também os fundos escuros e caldos brancos.
o   Cozinha fria – encarregada do desmanche, limpeza e fracionamento de todas as carnes, aves e peixes e o preparo de todos os pratos frios, como saladas, entradas frias e cremes.
o   Pastelaria – elaboração de sobremesas doces, bolos e padaria. Colabora com a cozinha na preparação de massa de farinha.

Em relação à hierarquia, podemos organizar da seguinte forma:
·        Chef de Cozinha – é o responsável direto pela cozinha, ficando encarregado de serviços desde a elaboração do cardápio ao controle de mercadorias até a liderança e coordenação da equipe.
·         Chef de Partida – organiza e distribui o trabalho dentro de sua partida, é um elo entre as necessidades da partida e o chef de cozinha e zela pela agilidade nas preparações.
·         Cozinheiro – o termo é aplicado a todos os membros da brigada enquanto profissionais da cozinha. Dentro da partida, ele é o responsável por cozinhar e apresentar os pratos.
·         Ajudante de Cozinha – auxilia o cozinheiro nas tarefas de rotina, realiza o mise-en-place, mantém limpa a zona de partida e organiza os materiais a serem utilizados.

Referência
Manual de cozinha. Instituto do Emprego e formação profissional. Disponível em: <http://portal.iefp.pt/xeobd/attachfileu.jsp?look_parentBoui=22526064&att_display=n&att_download=y>

terça-feira, 2 de abril de 2013

Cortes Clássicos

 Os cortes clássicos têm origem na cozinha francesa e fazem a diferença na preparação de diversos pratos, sejam da cozinha clássica ou contemporânea. Além do impacto visual, os cortes alteram o tempo de cocção dos alimentos e também o sabor. Pois é, o gosto de um vegetal pode ser ressaltado ou amenizado em função do tipo de corte empregado, sem esquecer que os métodos de cocção e temperos também influenciam.  Segue abaixo alguns dos principais cortes clássicos em vegetais:
·         Julienne: bastões retangulares finos, com dimensões  de 1,5mm x 1,5mm x 3 a 5cm. É usado em diversos vegetais e raízes e permite um cozimento rápido, na fervura, vapor ou refogado. 

·         Brunoise (lê-se brunoass): corte de formato cúbico, derivado do Julienne. As medidas são 1,5mm x 1,5mm x 1,5mm. É a clássica guarnição do consomê (sopa feita a partir de caldo).

·         Allumette (lê-se alumet): de formato retangular e dimensões 3mm x 3mm x 3cm, o corte é conhecido como corte de batata palha.

·         Cubos: também conhecidos como dados, possuem três tamanhos, pequeno (6mm x 6mm x 6mm), médio (1cm x 1cm x 1cm) e grande (2cm x 2cm x 2cm). Os cubos são uniformes e cozinham rapidamente, são usados como base para sopas e cozidos, são bons para purês.

·         Batonnet (lê-se batonet): corte da batata frita estilo Mc Donald’s, com formato retangular e dimensões 6mm x 6mm x 6cm.

·        Tourné (lê-se turnê): corte com 7 faces iguais e bases horizontais, com formato de barril. É considerado um corte decorativo.

·         Noise: são as bolinhas, feitas com boleador.

·         Chiffonade: Corte em formato de fatias bem finas, obtidas através de enrolamento de folhas de verduras como se estivesse fatiando um pão. As espessuras variam um pouco. É utilizado para couve, repolho, acelga, espinafre.

Estes são apenas alguns dos cortes clássicos e é bom lembrar que as dimensões são médias e podem sofrer alterações na cozinha contemporânea.



Referências:
Rodolpho Leonardo, 23 jan 2012. Disponível em: http://diariodochef.com.br/2012/01/23/cortes-em-vegetais/
Jeni Wright; Eric Treuille. Le Cordon Bleu. Todas as técnicas culinárias. São Paulo: Marco zero. 1996. 8ª reimpressão. P. 166-169.